Na semana passada falei com vocês sobre dores na coluna e a partir de hoje falaremos sobre cada tipo específico.
No post de hoje falaremos sobre as terríveis e incômodas dores na coluna lombar, também conhecidas como Lombalgia.
Primeiro vamos entender o que elas são e quais suas causas/ motivos:
Segundo a SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia): “A dor lombar ocorre na parte inferior da coluna vertebral e está entre as dores mais comuns entre homens e mulheres nas diferentes fases da vida. Ela é causada geralmente por uma lesão em um músculo.
O número de pessoas que convive com dor lo
mbar é bastante grande atualmente. Entre as principais razões estão a má postura, sedentarismo, posições incorretas no ambiente de trabalho, nos afazeres domésticos, execução errada de exercícios e principalmente esforço físico.
As dores lombares são classificadas como agudas ou crônicas. O que as diferencia é o tempo de duração.”
É importante saber que fatores emocionais também podem estar relacionados, por isso é importante procurar ajuda profissional em caso de dores ou desconfortos.
Causas mais comuns:
• Levantamento de peso de maneira inadequada;
• Falta de exercícios físicos regulares;
• Obesidade;
• Doenças reumáticas;
• Envelhecimento;
• Postura viciosa;
• Esforço físico
Estes são os principais fatores de risco, porém, alguns hábitos incorretos como: postura ao deitar/ levantar (confira nosso episódio 6 do: "Fisioterapia em minutos"), sentar ou realizar qualquer atividade do dia a dia, no trabalho e lazer podem acarretar em malefícios à coluna.
Principais sintomas:
• Dor que se inicia de maneira súbita na região lombar;
• Irradiação (ocasional) da dor para os glúteos e/ou coxas, até os joelhos;
• A dor nas costas é pior que a das coxas;
• A dor se agrava com o movimento, ao sentar-se, parar, levantar objetos ou inclinar-se;
• A dor é aliviada com o repouso e calor;
• Fatores psicológicos e laborais estressantes;
• Histórico de trauma/ lesão anterior (com ou sem fratura).
Importante: ao surgimento dos primeiros sintomas, procure um especialista em Ortopedia e Traumatologia para avaliar seu problema e indicar o melhor tratamento.
Alguns hábitos e cuidados podem amenizar a dor lombar, como por exemplo:
• Mudança na posição para dormir;
• Tipo de colchão utilizado;
• Maneira de se levantar da cama ao acordar (episódio 3 do: "
• Cuidados ao levantar e transportar objetos do chão (episódio 4 do: "Fisioterapia em minutos'");
• Cuidado com o peso transportado em mochilas e a maneira de coloca-las nas costas;
• Cuidado ao utilizar calçados com saltos muito altos e/ou por períodos prolongados (episódio 9 do: "Fisioterapia em minutos").
Além disso, a dor lombar também é um dos principais motivos de ausência no trabalho. Por isso, é tão importante cuidar da saúde e da postura também neste ambiente. Entre as melhores condutas, podemos citar:
• Utilizar cadeiras com encosto mais firme e que não reclinem para trás;
• Utilizar cadeiras com apoio para os braços;
• Sentar utilizando todo encosto;
• Manter os pés totalmente encostados no chão;
• Manter a tela do computador na altura dos olhos para que a coluna cervical (pescoço) fique em posição confortável.
Diagnóstico:
O diagnóstico deve ser realizado por profissional especializado. A partir da avaliação clínica, as causas da dor lombar bem como a conduta a ser tomada serão estabelecidas.
Podem ser solicitados exames complementares de imagem como por exemplo: raio-X, ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética, para uma avaliação mais detalhada em caso de diagnóstico da lombalgia.
Tratamento:
O principal objetivo do tratamento da dor lombar aguda é aliviar a dor, melhorar a habilidade funcional e prevenir recorrência.
Existem vários tipos de intervenções terapêuticas, como por exemplo: analgésicos, anti-inflamatórios, corticoides, relaxantes musculares, fisioterapia, massagens e outros tratamentos alternativos (ex: RPG e Pilates).
Tudo isso pode ajudar no alívio e tratamento de dores lombares.
Raramente um caso de lombalgia irá precisar de cirurgia.
Um grande abraço,
Andrea Martins
*Fonte: SBOT - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia